Atingidos do Araras, Nova Mamoré, exigem novas terras.

Manifestantes do Araras em Porto Velho. Foto:Banzeiros do Madeira.
Situada a 200 km. de Porto Velho a beira do Rio Madeira, na BR 425, a comunidade do garimpo do Araras, em Nova Mamoré, ficou completamente alagada em 2014. A perspectiva é que nova enchente atinja a comunidade após a construção da barragem de Jirau.
Ontem 26 de janeiro de 2015, os atingidos da comunidade de Araras, distrito de Nova Mamoré, juntos ao Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), realizaram manifestação no centro das secretarias cobrando do Governo do Estado de Rondônia a reconstrução da comunidade em local seguro e planejamento para a execução de medidas emergenciais para a próxima enchente. 
Segundo o G1, o grupo de 45 moradores de Araras, distrito de Nova Mamoré, distante 45 quilômetros do município, esteve na manhã desta segunda-feira (26), em frente ao Centro Político Administrativo (CPA), em Porto Velho , para reivindicar melhorias para a localidade que reúne mais de 200 famílias. Os manifestantes estão apreensivos com uma possível cheia, como a que aconteceu em 2014 e deixou os moradores do local desabrigados, e apresentaram as reivindicações para a Secretaria Estadual de Assuntos Estratégicos (Seae).
De acordo com a comerciante Maria Aparecida Carrilho Duarte, de 61 anos, o distrito de Araras não possui médicos, posto de saúde e a água da comunidade está contaminada. "Os políticos têm que ter misericórdia dos moradores. Tem criança ficando doente, pegando alergia e se contaminando com a água", diz a moradora.
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A manifestação foi organizada pela presidente da Associação de Mulheres Guerreiras e Produtoras Rurais do Distrito de Araras, Márcia Vargas de Souza Silva, que, junto com membros do Movimento dos Atingidos por Barragem (MAB), exige um pedaço de terra para transferir o distrito, além de água potável e auxílio aos desabrigados pela enchente do último ano.
Conforme Márcia, a reunião com a Seae foi positiva. "Tivemos bons resultados e vamos conseguir o nosso objetivo. Nesse momento, estamos esperando a enchente, se ela vier, vamos ter que sair, se não houver, vai uma equipe da Seae para o distrito fazer um levantamento, para ver qual é a família que vai ser beneficiada para depois liberar o auxílio e vamos fazer uma reunião para apresentarmos uma terra para onde nós queremos ir", explicou. 
Segundo a diretora executiva da secretaria, Rosana Cristina Vieira, que recebeu os representantes do grupo, a equipe saiu para o município de Guajará-Mirim no início da tarde desta segunda-feira para uma visita técnica. "Nós vamos checar a questão do auxílio para evitar fraudes e vamos aguardar o grupo nos passar o local da terra que eles pretendem se mudar, para que o governo possa se reunir com a prefeitura de Nova Mamoré", esclareceu Rosana.

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